Do Blog Rubens Nóbrega, com Folha de São Paulo
A jornalista Kelly Mantovani definiu neste sábado (15), na Folha de São Paulo, um traço do jeito Cristovam Tadeu de ser. O texto publicado é colaboração especial para o jornal paulistano, no qual conta a trajetória do artista paraibano falecido sábado passado (8), em João Pessoa. Leia a matéria completa abaixo:
Artista paraibano, foi dublador e chargista
Era rindo de si mesmo que o garoto franzino Cristovam Tadeu respondia com maestria, na infância, aos colegas que faziam comentários sobre sua aparência. O bom humor peculiar foi decisivo para que ele seguisse carreira artística.
Mais velho entre cinco irmãos, Cristovam se dizia a “ovelha negra” da família –que, de início, não aceitava sua escolha pelas artes.
Aos 14, criou um grupo de teatro que imitava “Os Trapalhões”. Depois, estudou teatro e artes visuais na Universidade Federal da Paraíba.
Começou a estudar jornalismo, mas abandonou o curso quando, nos anos 1980, mudou-se para São Paulo, onde trabalhou como dublador e deu voz a um personagem do seriado “Jaspion”.
De volta a João Pessoa, quatro anos depois, fez shows de humor em bares e teatros. Dramaturgo, foi também professor de artes cênicas e, paralelamente, fazia charges políticas em jornais locais.
Divertia-se ao imitar personalidades famosas da política e da cultura –Caetano Veloso, Ariano Suassuna e o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, entre outros, faziam parte de seu repertório.
Apesar da irreverência, era conhecido por ser organizado e acordar todos os dias às 4h. Tinha como hobby colecionar objetos que iam de discos e quadros a fotos e garrafas, e acompanhava rodas de choro pela cidade.
Morreu em casa, após uma parada cardíaca, no último dia 8, aos 54, deixando três filhos e quatro irmãos.
Uma missa em sua homenagem acontecerá neste domingo (16), às 10h, na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em João Pessoa.