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Globo faz novela para conservadores: ‘Sem sacanagem’, diz autor

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O autor Benedito Ruy Barbosa na festa de lançamento de Velho Chico no último dia 7

Velho Chico tira os centros urbanos do horário nobre da Globo e coloca no lugar uma história que faz um retrato do sertão nordestino a partir de 1968. A nova novela das nove está sendo escrita para o público conservador, que rejeitou tramas como Babilônia e A Regra do Jogo, suas antecessoras. Tem cenas de sexo, mas somente para ilustrar suas histórias de amor. Tem violência também, mas não o matar por matar. A produção se apoia na guerra de dois rivais defendendo suas terras e ideias: o coronel Jacinto Saruê (Tarcísio Meira) e o capitão Ernesto Rosa (Rodrigo Lombardi). Esse duelo vai atravessar gerações.

“Devemos respeitar o público. Quando se faz uma novela, tem 80 milhões de pessoas assistindo. O autor tem de saber que tem mãe, pai, tio, avô, o diabo a quatro diante da TV. Tem de respeitar essa gente”, diz Benedito Ruy Barbosa, supervisor de Velho Chico. O texto é uma história dele, que foi desenvolvida e está sendo escrita por sua filha Edmara Barbosa e seu neto Bruno Barbosa Luperi.

O fio condutor da trama são as histórias de amor de Afrânio (Rodrigo Santoro) e Iolanda (Carol Castro), nos primeiros capítulos, e a de sua filha Tereza (Julia Dalavia) e Santo (Renato Góes) em seguida. Os atores que protagonizam esses romances, seguindo o estilo Romeu e Julieta, mudam no 25º capítulo. Antonio Fagundes assume o papel de Afrânio, e Christiane Torloni o de Iolanda. Camila Pitanga será Tereza na fase adulta, e Domingos Montagner, Santo.

“O amor é a coisa mais linda do mundo. É bonito isso proliferar em uma sociedade carente de afeto. Tem excesso de violência, excesso de sacanagem na TV, falta bem querer, falta amor. Velho Chico tem histórias que podem parecer ficção, mas são verdadeiras. Já existiram e vão continuar a existir sempre. No dia em que li o capítulo sobre o principal amor da novela, eu chorei”, conta Benedito Ruy Barbosa, que volta ao horário nobre após 14 anos, desde Esperança (2002). Ele é autor de 37 novelas, entre elas O Rei do Gado (1996) e Terra Nostra (1999).

Para o novelista, os folhetins atuais não têm emoção. Por isso, ele diz que o telespectador que sentar no sofá para ver a nova novela das nove vai se sentir aprisionado. “Antes, eu via três, quatro novelas seguidas. Hoje não consigo mais. Não é uma crítica a um ou outro colega, só preciso dizer que resgatar a emoção é necessário. É a emoção que faz o público querer ver o capítulo de amanhã e depois de amanhã”, observa o veterano, aos 84 anos.

Por Márcia Pereira 

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