O funkeiro MC Bin Laden, impedido de tocar nos EUA após não ter o visto de trabalho aprovado, disse que lhe foi pedido, “de última hora”, um exame toxicológico pelo consulado americano. Ele informou que foi o próprio consulado que indicou a clínica onde seria realizado o teste.
“Apareceu um exame de última hora, que era o exame anti-drogas”, disse ele, em entrevista ao “Fantástico”, da TV Globo. “A gente começou a ligar e a ligar [para a clínica], mas a moça [que nos atendeu] disse que não era mais para fazer o exame e foi quando recebi a notícia que não viajaria mais para Nova York. Eles quiseram me barrar”, acusou.
De acordo com especialistas ouvidos pelo UOL, esse tipo de exame não é comum para a liberação de vistos.
Ao ser questionado, o funkeiro admitiu que já usou drogas, mas que não tem “vergonha”. No entanto, ele garantiu que não usa drogas nem bebe há mais de um ano.
“Eu falei para eles [do consulado] que os meus hits, que as minhas músicas, que são conhecidas, não são referentes ao [terrorista] Bin Laden [morto pelas forças especiais americanas, em maio de 2011]. O nome não caracteriza nem o meu estilo de trabalho”, afirmou.
O funkeiro disse que já pensou em trocar de nome artístico por causa de constrangimentos semelhantes.
“Eu acho, assim, que [ao trocar] estaria deixando todo aquele público que eu conquistei”, alegou.
O MC paulistano iria viajar para Nova York, onde seria uma das atrações do festival de música Warm, organizado pelo MoMA (Museu de Arte Moderna) e que revela novos talentos.
O consulado americano disse que não há “regras que impeçam um país de solicitar o exame anti-drogas”.
Do Notícias ao Minuto