O São João de Campina Grande chega em 2016 à sua 34ª edição, com muitas mudanças desde o seu surgimento até os dias de hoje. “Campina sempre foi festeira”, defende a memorialista Cléa Cordeiro. Segundo ela, antes de ganhar o título de ‘Maior São João do Mundo’, a cidade tinha mais de 300 quadrilhas dançando espalhadas pelas ruas e as pessoas se uniam para organizar suas festas de acordo com os lugares em que moravam, tudo de forma muito amadora. “Como espaço fixo para brincar São João existiam apenas os clubes. Essas eram as opções de aproveitar o período junino na cidade”, enfatiza.
A partir de 1983 a cidade começa a ganhar um espaço central dedicado aos festejos juninos. Foi quando começou com este nome de Maior São João do Mundo. É deste ano o registro do uso dessa denominação, uma sugestão do prefeito da época, Ronaldo Cunha Lima. Há inclusive uma foto que circula na internet de uma palhoça onde já tem o nome de Maior São João do Mundo.
Cléa lembra que o local não tinha infraestrutura e era tudo muito simples, quando chovia o chão virava lama. “Não sei bem o que motivou essa escolha, eu particularmente acredito que seja por causa do espírito de empreendedorismo do campinense, o amor por sua terra e o título pegou, ninguém se atreve a mudar”, diz.
No ano de 1986 o Parque do Povo teve a sua primeira parte construída, inclusive com o seu símbolo máximo. “Por um período a pirâmide foi chamada de forródromo e não pegou bem, acabou ficando o nome de pirâmide mesmo”, lembra. Na realidade, o responsável pela construção disse que não queria fazer uma pirâmide e sim uma fogueira mas por uma questão de acústica o formato ficou parecido com uma pirâmide. A construção caiu na boca do povo, que batizou oficiosamente de Pirâmide do Parque do Povo.
A festa então se tornou um sucesso e por conta disso no ano seguinte o presidente da Embratur, João Dória, foi à cidade para participar do evento e em 1989 houve uma ampliação do espaço da festa, atingindo pouco mais de 42 mil metros quadrados. “A partir daí a festa foi se modernizando, ganhando as barracas e posteriormente a cidade cenográfica, atingindo assim a grandiosidade que conhecemos nos dias atuais”, conta Cléa. As informações são do G1.