Finalmente aconteceu a tão esperada cena de amor entre dois homens na TV aberta. Depois de muito flerte e muita repressão aos sentimentos, finalmente Tolentino (Ricardo Pereira) e André (Caio Blat) conseguem se entender.
Tolentino, bêbado, começa a ser repreendido por Rubião (Mateus Solano). “Inútill, incompetente”.
Deitado na cama, ele recebe a visita de André.
“Não estou nada bem, André, fui humilhado mais uma vez pelo meu intendente”, diz o português.
“O tempo vai passar e você vai esquecer”, ameniza André.
“Acha que desta vez eu não vou entender não. Tenho um só amigo. Você, André. Que é sensível, capaz de entender os mistérios da vida. As voltas que o mundo dá. As surpresas que a vida nos reserva”, diz Tolentino.
“As surpresas sobre nós mesmos?”
“Sim, como você mesmo disse um dia. Todos nós temos uma segunda natureza. Que às vezes permanece oculta.”
“Mas não para sempre”.
Eles se olham fixamente. Se beijam intensamente. André se distancia. Os dois começam a tirar a roupa. Eles ficam pelados e se aproximam. André passa a mão em Tolentino.
Na próxima sequência, os dois estão deitados na cama, pelados. André beija o peito de Tolentino. Eles se abraçam.
Os braços se envolvem e ambos se entregam à emoção. “A cena, creio eu, deve ir além do desejo represado, da relação homossexual destes dois personagens. Ela deve refletir o drama de cada pessoa que sofre algum tipo de repressão ou condenação social, seja por sexo, cor, religião ou qualquer outra forma de segregação”, esclarece Vinícius Coimbra, diretor artístico da novela.
O Globo