
De modo muito nítido, o que enxergamos nessas ultimas eleições foi o aumento do conservadorismo na esfera de representação política em âmbito nacional. Isso de fato nos remete a reflexão de como o modelo pautado a “tradicionalidade” se reestruturou para conter a participatividade mais eficaz da população.
Nesse contexto enxergo que a juventude necessita voltar a ter um papel mais atuante de contraponto nesse modelo exclusivista e que não traz o debate das bases para a prioridade das pautas a serem apreciadas, nem tampouco votadas.
Porém, com as manifestações populares desencadeadas de modo maciço no ano de 2013, pudemos revigorar as energias e acreditar que ainda temos como reagir a essa estratégia de tentativa de estabelecer a inércia da atividade política na sociedade.
Reavaliando essa ultima reflexão, destaco que teremos ótima oportunidade de reconstrução que está batendo em nossas portas, ou seja, para que seja mais claro nesse aspecto, sobre o processo eleitoral que se aproxima.
Algumas perguntas diante disso se fazem necessárias. Que papel a juventude terá nesse processo? Que debate essa parcela da população conseguirá inserir no pleito que se aproxima? São questões pontuais a serem elenquadas e refletidas.
Mas, o que posso afirmar é que ou a juventude se aglutina a pensar uma agenda positiva, e assim se edificarem enquanto agente de transformação e reivindicação, ou seremos novamente pautados ao papel de coadjuvante desta cena. Sim! Coadjuvante!
Vale analisar, e mais ainda refletir se temos Políticas Publicas de Juventude sendo pensadas para inserção social desta camada da sociedade. Uma ótima idéia que estou observando em nossa região, – O VALE DO MAMANGUAPE-, são os debates que as pastorais ligadas a juventude estão a edificar entre os jovens. Isso com toda certeza é um acréscimo de politização implementado e que paulatinamente transforma a maneira de se pensar e agir na sociedade.
Acredito porém que precisamos abrangi os Conselhos de Juventude municipais, bem como também que haja uma atuação nesse campo mais forte da Universidade Federal que temos no Litoral Norte e seus respectivos coletivos, Centros Acadêmicos e o próprio DCE (Diretório Central dos Estudantes) possam acentuar o seu papel de vanguarda em que tese a acentuação do debate nessa frente.
Outro fator a se colocar em consideração é a força em que os jovens têm nas redes sociais, e o seu papel de mobilização enquanto nova praça social.
Nessas perspectivas colocadas cabem aos jovens e as instituições formalizarem uma nova frente de atuação política e que acrescente renovando as forças e as esperanças da população. Em meio a isso, é de suma importância que surjam novas lideranças emergidas das bases sociais e não das camadas mais dominantes financeiramente (famílias tradicionais e sociedades burguesas como exemplo). Ou seja, a hora é essa de mudarmos os rumos que temos, ou seremos taxados ao ócio existencial tão vivenciado por nós atualmente.
Celestino Albino da Silva Neto
Graduando em Serviço Social