Após conceder aumento de 200% aos dentistas do município e apenas 3% aos professores, num triste episódio que revoltou a classe do magistério no mês de junho deste ano, a prefeita de Rio Tinto – Dudu de Brizola enviou as pressas para a Câmara de vereadores o Projeto de Lei nº 06/2016, concedendo mais de 100% de aumento salarial aos secretários adjuntos, e mais de 25% para outros cargos de confiança. Dessa vez, o Projeto foi rejeitado pela maioria da casa.
Os reajustes salariais contemplam o chefe de gabinete, coordenadores dos setores de controle interno e comunicação e articulação política, secretários adjuntos, tesoureiro, coordenador geral de engenharia e convênios, diretores, assessores, sub assessores, administradores regionais, e administradores de setores.
De acordo com a proposta da prefeita Dudu de Brizola, o chefe de gabinete, coordenador geral de controle interno e o coordenador geral de comunicação e articulação política, passariam de R$ 3.500,00 (Três mil e quinhentos reais) para R$ 4.900,00 (quatro mil e novecentos reais).
Os secretários adjuntos passariam dos atuais R$ 1.300,00 para R$ 3.000,00. Um aumento de mais de 100%.
O tesoureiro passaria de R$ 1.500,00 para R$ 2.500,00. Os coordenadores de contabilidade, engenharia e convênios passariam de R$ 1.700,00 para 2.200,00.
A seguir, confira o Projeto de Lei 06/2016 que foi rejeitado:
Tabela dos valores atuais:
Até o início da última sessão na quarta-feira (28), na Câmara de Ponciano Pessoa, teriam assinado a lista pela reprovação, os vereadores: Dr. Ninho, Nel Barão, Felipe Pessoa, Marcos Moura, Selida Carvalho e cacique Cal.
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A proposta de aumento feita pela gestão municipal, chegou em meio a um momento de retração da economia nas Prefeituras. Sabe-se que, os reclames dos prefeitos alegando “crise” é praticamente unânime.
Redução do FPM
De janeiro até agora, o FPM acumulou nominalmente R$ 59,980 bilhões, frente aos R$ 60,245 bilhões registrados no mesmo período de 2015. Em termos nominais, o somatório dos repasses apresentou redução de 0,44%. O que, segundo a CNM, caracteriza redução nos valores efetivamente repassados. Além disso, quando se considera os efeitos da inflação, o acumulado do Fundo 2016 tem retração expressiva: de -9,08%.
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Da redação