O mundo é uma roda. E esta sempre girando e, nesses giros sempre nos proporcionando novos reencontros ou, desencontros.
O primeiro contato que tive com Marcos Galeguinho, eu estava lixando um capuz de um carro. A oficina de lanternagem era a do velho amigo Nel, na entrada da cidade. O ano, se não estou enganado era 2005. Sempre otimista, alegre e comunicativo, Marcos que estava com seu carro fazendo alguns reparos na oficina, chegou e, ‘sem motivo aparente’ perguntou se eu queria fazer um teste na recém inaugurada rádio comunitária interação fm. De imediato, no meu interior me veio reação de surpresa, susto e ao mesmo tempo, alegria.
A rádio era a grande novidade que chegara a Rio Tinto, assim como era a Universidade Federal Campus IV na região, tudo na mesma época. Agora, qual o motivo da reação e surpresa daquele jovem de apenas 17 anos de idade diante do convite…?
Uns acreditam em coincidência, outros em destino, eu, em desígnios de Deus. Não sabia Marcos que aquele era justamente o meu sonho. Fazer comunicação social, especificamente no jornalismo.
Aquele seria o primeiro passo, a primeira oportunidade. Preciso lembrar aqui do aval e confiança dado pelo então diretor-presidente Edson Sousa. Só para registrar, fui um dos últimos jovens a chegar. Quase toda a grade de programação e locutores já estava preenchida. Encaixara-me num horário musical das 17h às 18h, só nos sábados. O programa musical era o momento Sertanejo. Só alguns anos depois tive a oportunidade de fazer parte da equipe de jornalismo da rádio, o Jornal da Interação, onde de fato queria está.
No entanto, ‘o sujeito’ da história nesses rabiscos aqui não sou eu. Precisava apenas dar uma volta no tempo para chegar no presente.
Numa terça-feira, (21) de julho de 2015, no plenário da Câmara municipal de Capim, o prefeito Edvaldo Freire dar posse como secretário de comunicação do governo a Marcos. Na solenidade, depois de todos usarem a palavra, entre vereadores, vice-prefeito e o prefeito, o presidente da Câmara, o vereador João Paulo, pergunta se alguém da comunicação do Vale poderia falar. De Rio Tinto quem estava presente? Eu e o companheiro Álvaro Costa. Não poderia me furtar de falar sobre galeguinho. Era a oportunidade de revelar minha gratidão dez anos depois. Levantei da cadeira no plenário e segui destino a tribuna, o famoso frio na barriga também me acompanhou, tão logo cessou conforme as primeiras palavras. Aliás, não foi retórica planejada, foi de improviso. Fluiu porque foi de coração
“Fiquei surpreso quando soube que o camarada Marcos iria assumir a comunicação de Capim. Mas, avaliei como uma aquisição positiva. É preciso acreditar na capacidade das pessoas, e proporcionar oportunidades, sem a qual, ninguém poderá mostrar o que pode fazer seja na vida profissional ou pela sociedade. Dentro de cada um de nós há uma capacidade de realização. Só precisa quem acredite. Lá atrás, Marcos acreditou num simples ajudante de oficina, e hoje, estamos humildemente tocando a principal página de notícias do Vale, informando diariamente uma população de 160 mil habitantes, além da nossa contribuição no jornalismo da rádio Correio do Vale (Rádio Repórter), e, já na academia, cursando o 4º período de jornalismo. É preciso acreditar nas pessoas. Hoje, o prefeito Edvaldo está acreditando na pessoa certa e, acredito que irá contribuir e engrandecer a comunicação da cidade de Capim, principalmente pela sua vasta experiência e capacidade gestora”, foi mais ou menos por ai rsrsrsrs – (sic).
Por fim, o mundo é uma roda. E, esta sempre girando e sempre nos proporcionando novos reencontros!
Por Felipe França