Por Felipe França – O acidente aéreo que vitimou Luiz Cláudio Salgueiro Galeazzi e nove membros de sua família em Gramado, no Rio Grande do Sul, é uma tragédia que nos faz refletir profundamente sobre a fragilidade e o imediatismo da vida.
Em um instante, uma família inteira, com histórias, conquistas e sonhos, se foi, deixando um vazio que ecoa na memória de todos que acompanharam o caso. A trajetória de Luiz Cláudio, um empresário reconhecido por sua habilidade em recuperar empresas à beira da falência, é um testemunho de resiliência e determinação.
No entanto, nem sua competência, nem os sonhos de seus filhos, nem as vivências de sua esposa e demais familiares foram suficientes para deter a imprevisibilidade do destino. O que resta é o impacto dessa perda e o convite à reflexão.
A música de Gonzaguinha, com seus versos emblemáticos, encapsula perfeitamente esse momento:
“Há quem fale que a vida da gente
É um nada no mundo
É uma gota, é um tempo
Que nem dá um segundo.”
Quantas vezes nos perdemos em rotinas exaustivas, em conflitos pequenos, ou em preocupações com um futuro que talvez nunca chegue? Esse acidente é um lembrete doloroso de que a vida não espera, não concede garantias e pode ser tão breve quanto inesperada.
Precisamos aprender a valorizar o presente e viver de forma intensa, mas consciente. Amar mais, perdoar mais, abraçar os nossos sonhos e os nossos amores enquanto temos tempo.
Não sabemos quando o destino nos privará dessa oportunidade. A tragédia de Gramado, ainda que devastadora, deve servir como um chamado para vivermos cada dia como se fosse único, porque, de fato, ele é.