Não sou chegado a andar em garupa de moto, mas, por necessidade já o fiz. E por não considerar esse meio de transporte um dos mais seguros, as vezes que me submeti a usá-lo, foi com redobrada cautela, mesmo sabendo que, neste caso, quem mais precisa ser cauteloso é aquele que vai guiando a moto.
As poucas vezes que fiz algum percurso com moto-taxistas, em Mamanguape, foram suficientes para observar que, os dito cujos passam uma enorme segurança aos passageiros, pelo profissionalismo com que exercem aquela função.
Eles não excedem os limites de velocidade; respeitam a sinalização; ultrapassam os outros veículos com atenção e sem invadir os seus espaços; não andam buzinando no trânsito, exigindo que os outros se apressem em sair da frente; respeitam as faixas de pedestres, em especial quando estas estão sendo utilizados por idosos ou crianças; e principalmente, não usam bebidas alcoólicas durante o expediente.
Por esses motivos – claro – raríssimas são as ocorrências acidentais envolvendo esses profissionais (eu, particularmente, não tenho notícia de nenhuma).
Enquanto isso é de estarrecer o número de acidentes (quase sempre violentos e com vítimas fatais) envolvendo motoqueiros, quase sempre causados por suas negligências, imperícias e imprudências, isso quando não há o envolvimento de algum entorpecente.
A fiscalização existe, porém, por mais que seja eficiente, é insuficiente.
É de se reconhecer que, nem sempre pudemos culpar as autoridades do trânsito, quando encontramos uma moto com excesso de velocidade, desrespeitando a faixa de pedestres, trafegando com excesso de passageiros, ou mesmo com uma ou mais crianças imprensadas entre dois adultos, e os coitados sem capacete.
Pior ainda é quando vemos um amigo querido arriscar a sua própria vida, montado numa moto após ingerir bebida alcoólica.
Que o novo governo tome alguma providência, para amenizar tais ocorrências, seja na forma de educação ou mesmo na dureza como faz com a lei seca.
Por Sebastião Gerbase