A intenção de se livrar de algum problema, de causar problema a alguém, de se autopromover ou promover a terceiros é, via-de-regra, o que leva o mentiroso a mentir.
Mas nem toda mentira se enquadra nesta definição, pois, há pessoas que mentem por necessidade, e outras que mentem só por mentir. As redes sociais, a exemplo do facebook e do zap zap, estão abarrotadas de mentiras, tais quais os elogios falsos, como aquela tão usada expressão “… linda!”, que nem sempre corresponde à verdade. Mas são mentirinhas leves, engraçadas até, portanto, inofensivas.
Escrever um livro de ficção é algo extraordinário, uma arte, uma obra cultural de suma importância, mas, na verdade o autor se vale da mentira para bem produzir a sua obra.
E o que dizer de um pai que, inadvertidamente, ensina o filho a mentir? Seria o mentir, coisa da natureza humana? Parafraseando, eu diria que, de mentiroso e de louco todos nós temos um pouco.
Por mais incrível que pareça, todo mundo mente! Uns mais, outros menos… E o que é pior: A mentira só é perceptível nos outros. Ninguém aceita ser classificado como mentiroso. Quem é que nunca ouviu, por exemplo, alguma frase tipo assim: “Não tolero mentira!” “Eu odeio a mentira!” “Quem mente rouba”!
Pois saibam, todos, de uma grande verdade: A mentira faz parte do nosso dia a dia, como o respirar.
O que é de estarrecer, porém, é a constatação de que a autoridade máxima do país, ou seja, a Presidente da República, às vésperas das eleições valeu-se de mentiras cabeludas, repetida e descaradamente, iludindo a maioria da população, com o fim único e exclusivo de se reeleger. Aí é grave. E a mentira grave é aquela que, quando você a descobre, tudo que o mentiroso disser dali pra frente é mentira.
Por Sebastião Gerbase (Basinho)