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quarta-feira, 30 abril 2025
                          

ELEFANTE BRANCO

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Sebastião Gerbase
Sebastião Gerbase
Sebastião Gerbase Teixeira da Silva, conhecido carinhosamente como Basinho. Exerceu os cargos de Fiscal de Mercadorias em Trânsito, Fiscal de Estabelecimentos (hoje Auditor Fiscal), Conselheiro da AFRAFEP e coletor de importantes coletorias, a exemplo de Santa Rita, Cabedelo, Pilar e Mamanguape (duas vezes), onde se aposentou proporcionalmente. Formado em Direito desde 1.985, Basinho é aquele grande amigo, “riotinguapense” (se considera de Rio Tinto e Mamanguape), que gosta muito de escrever e irá apresentar, neste Portal PBVALE, colunas sobre assuntos interessantes para toda comunidade.
Por Sebastião Gerbase (Basinho) - basinhocoms@zipmail.cbom.br
Por Sebastião Gerbase (Basinho) – basinhocoms@zipmail.cbom.br

O termo “Elefante Branco” é usado na política para se referir a obras públicas (geralmente inacabadas) sem utilidade. O Brasil está cheio delas. No estado da Paraíba não é diferente e nos seus municípios idem.

E isso ocorre nas esferas federal, estadual e municipal, às vistas dos Ilustres representantes do Ministério Público, tanto quanto dos senhores vereadores, deputados estaduais e federais, ditos representantes do povo, ou seja, aqueles que têm o dever constitucional de fiscalizar as mazelas originárias das más gestões. Aqui mesmo, nos nossos arredores, bem pertinho de nós, tem um enorme Elefante Branco.

Devidamente idealizada e projetada para acomodar o Hotel Escola, do Campus quatro da UFPB, a obra encontra-se simplesmente paralisada e em estado de abandono, mesmo que esteja praticamente concluída. Quanto em dinheiro foi desperdiçado naquela obra, isso eu não sei. Mas, pela enormidade do “elefante”, tenho certeza que não foi pouco. De onde saiu o dinheiro, ah, isso aí todos nós sabemos: Do suor do nosso rosto.

Estou me referindo àquele prédio de dois pavimentos, que fica ali na entrada que dá acesso à UFPB, do lado esquerdo da rodovia PB 041, na saída de Mamanguape para Rio tinto, vizinho ao “Irmaozão”.

Devo lembrar que nossa universidade fora instalada, precariamente, por ingerência dos políticos de Mamanguape e de Rio Tinto, os quais, feito um bocado de urubus, não pouparam esforços no sentido de aparecer a qualquer custo, como o “pai da criança”. No rasga-rasga terminaram fracionando-a em duas, quando o certo seria apenas uma.

Instaladas em 2007 (véspera de ano eleitoral), às pressas, para atender – como eu já disse – aos interesses dos políticos locais, começaram a funcionar em prédios alugados. A de Mamanguape, no Instituto Moderno e a de Rio Tinto nos escombros da Companhia de Tecidos.

Eles, os políticos, saíram “vitoriosos”, enquanto a instituição saiu fragmentada e, consequentemente, enfraquecida. Mal sabiam eles que tal divisão poderia, no futuro, gerar transtornos para aos alunos, professores, demais funcionários, e, claro, à própria sociedade como um todo.

Poisbem. Esses transtornos já começaram a se fazer sentir, desde que alguns cursos foram transferidos para o Campus um (João Pessoa), a exemplo de Hotelaria e Gastronomia, para cujo funcionamento fora construído o prédio a que estamos nos reportando.

Vale salientar que bons profissionais, oriundos daqueles cursos, já estão desenvolvendo suas funções, em vários estabelecimentos do ramo, com destaque para uma ex-aluna que exerce hoje, com a devida competência, a função de metre no Hotel Tambaú.

Outro fato concreto, uma realidade preocupante que a sociedade precisa saber, é a evasão de alunos por falta da Assistência Estudantil, um direito constitucional que tem sido negado aos estudantes locais.

Os alunos, através dos seus representantes (DCE – Diretório Central dos Estudantes), numa luta inglória tem se desdobrado para conseguir transformar aquele prédio em Residência Universitária, onde seria acolhido, também, o Centro de Assistência Estudantil, o que está dependendo apenas da ação efetiva da Magnífica Reitora. Eis uma chance para os políticos, principalmente os  recém-eleitos, mostrarem serviço comprando essa briga (boa) em favor da educação! Para tanto, quem se achar competente e habilitado que atire a primeira pedra.  

Concluindo, resta-me a impressão de que: a) Se em 2013 a UFPB, por absoluta falta de gerenciamento, devolveu ao MEC a quantia de R$ 61.000.000,00 (sessenta e um milhões de reais); b) Se tão importante obra encontra-se em estado de abandono absoluto; c) Se outras obras menores encontram-se igualmente paralisadas; d) Se há um visível processo de esvaziamento do Campus quatro, a exemplo da diminuição do número de cursos, como especificado acima, é de se temer que, se não houver uma reação efetiva e urgente da sociedade, o próprio Centro Universitário de Mamanguape, em breve espaço de tempo poderá vir a se transformar, também, num Elefante Branco.

Por Sebastião Gerbase (Basinho)

E-mail: basinhocoms@zipmail.cbom.br

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