É muito comum a associação entre depressão e várias doenças cardiovasculares e somados os dois problemas englobamos as principais doenças do mundo moderno.
Pacientes com doenças cardíacas podem chegar a ter uma taxa de depressão maior e da ordem de 20% a 36%.
Diversos fatores podem explicar esse elo entre depressão e doenças do coração, sendo os mais estudados: as alterações nas plaquetas, a inflamação e o aumento da atividade do sistema nervoso simpático, com produção excessiva do neurotransmissor noradrenalina.
Pessoas com placas de gordura nas artérias do coração, por exemplo, possuem um agravamento da doença quando se encontram deprimidas. Muitos justificam isso ao fato de que deprimidos praticam menos atividades físicas e se alimentem mal, com pouca aderência ao tratamento cardiológico devido à falta de motivação e energia típicas de quadros depressivos. Porém, o fator realmente importante é a alteração da atividade inflamatória, atualmente uma área em efervescência científica.
A Associação Americana de Cardiologia recomenda como uma de suas principais diretrizes na atualidade o tratamento antidepressivo obrigatório dos pacientes cardíacos deprimidos a fim de melhorar o prognóstico da doença cardíaca.