Fazia tempo que não se ouvia falar em CPI nas rodas de conversas e na Câmara Municipal de Rio Tinto. Hoje, a cidade foi pega de surpresa – após a vereadora Amanda Lima (PSB) – convocar a população para que compareça ao Poder Legislativo na sessão da noite desta quarta-feira (8).
O áudio com a chamada nas redes sociais e em carro de som pelas principais ruas de Rio Tinto, fala em supostas “irregularidades” no governo municipal. Nos bastidores, comenta-se o pedido para a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito). Logicamente, só terá respaldo se tiver provas convincentes e bem fundamentadas. Outra questão é: o parlamento riotintense terá coragem? Isso é outra história.
Do alto do desgaste, o prefeito Fernando Naia (PSB), após repercussão, segundo informações, teria convocado reunião às pressas com vereadores aliados, na tentativa de barrar qualquer hipótese de investigação no governo.
Não diferente dos prefeitos Thiago Lisboa (Capim) e Jair da Farmácia (Cuité de Mamanguape), Naia enfrenta uma fragilidade no diálogo com a Câmara Municipal. No discurso, o gestor afirma ter um bom relacionamento com alguns pares pontuais. O que na pratica, não tem surtido efeito. E os que seguram o bastão socialista, sentem receio.
Apática. A gestão enfrenta polêmicas desde o início do ano, quando começou errando na folha de pagamento. No atual momento, entre perdas e ganhos, secretários anunciam desligamentos, insatisfações entre os aposentados e aprovados no último concurso, medidas impopulares, além de o governo correr contra o tempo para aprovar projetos na Casa. Um turbilhão de adversidades.
É preocupante. Toda essa carga negativa tira o foco no desempenho para uma boa gestão. Mas, há quem diga, que o gestor ainda tenha muita “gordura” para queimar. Resta saber até quando?
Adormecida. A oposição tradicional pouco se manifesta. A população reclama. E Naia, só perde pra si mesmo e acumula estresse entre os aliados de primeiro momento.