Parece que as pessoas, ao enveredarem pelos caminhos da política, perdem a noção do que é razoável.
Exemplo para essa minha suposição, fui buscar no mais recente episódio, protagonizado pelo jovem Berg Lima, prefeito eleito com louvor nas últimas eleições municipais de Bayeux, o qual acaba de ser preso preventivamente, após ser flagrado com a mão na botija, recebendo propina de um empresário.
A história do Berg Lima é interessante, apenas pela guinada que mudou totalmente a sua vida, usando para tanto os caminhos tortuosos da política, porém, sem a experiência de muitos, que nela caminham com tanta desenvoltura e se dão bem… Ele se deu mal!
Ao que me consta, esse moço é filho único, cuja família de origem humilde veio lá do município de Mulungu e se radicou em Bayeux, sem nenhum projeto ou pretensão política.
Na sua curta (e agora finda) história, não consta que ele tenha ocupado antes nenhum cargo, função, posição social relevante, nada que o notabilizasse junto à sociedade local, mas de repente, não mais que isso, ele começou a paquerar a política. O percurso foi muito rápido: Olhou, paquerou, namorou, casou, não pariu um filho sequer, traiu e perdeu.
Surpreendentemente, um jovem interiorano de família humilde, com apenas 32 anos de idade, exibindo um curso superior alcançado a duras penas, neófito na política, logo se transforma em um fenômeno eleitoral, esperança de uma população de cem mil habitantes, dos quais sessenta e sete mil eleitores!
Ao atingir o ápice, coroamento com uma vitória ímpar, joga tudo pro ar: Um salário básico inicial de aproximadamente R$ 20.000,00 (vinte mil reais)… A dignidade… O respeito… A notoriedade… Os mimos… Os aplausos… A paz!
Tudo isso, sem contar com a probabilidade de ir além. Eis o resultado de um casamento sem amor.
Por Sebastião Gerbase (Basinho)