
Eis aí a manchete que todo cidadão insatisfeito com a má administração pública gostaria de ler, de ouvir e de acreditar. Em não sendo assim, eu não consigo vislumbrar o progresso, e muito menos os bons propósitos dessa oposição.
Já andei indagando a alguns próceres da política oposicionista de Mamanguape, a razão para tanta desunião, e não obtive nenhuma resposta convincente. Eu não acredito em oposição com moído. Para mim o lugar de fazer oposição é do outro lado, e não dentro do próprio grupo.
Alguma coisa me diz que o outro lado está se beneficiando, e muito, com essa desavença. Não me consta que os aliados da situação estejam se digladiando tanto. Pelo menos publicamente. Ao contrário, o que ocorre é que estão se reunindo constantemente, e cada vez mais se unindo, levando vantagem sobre aqueles que pousam de oposição, ao tempo em que trilham os caminhos da desunião.
Não estou querendo convencer ninguém a seguir a linha da unanimidade. Isso eu sei que não seria possível, pois, cada cabeça é um mundo e o direito ao contraditório é próprio da democracia. Mas não é certo o que se vê em Mamanguape, por exemplo, companheiros do mesmo partido lavando a roupa suja em plena luz do sol.
Até onde a minha vista alcança, política séria é aquela que visa o bem comum, embasada em propostas exequíveis, que sensibilize a opinião pública e abra espaço para outras pessoas, que, de alguma forma possam oferecer a sua contribuição, não necessariamente como candidatos.
Minha curiosidade embirra em querer saber, qual desses grupos tem um projeto, com real possibilidade de ser executado, e quando é que o dito cujo será exposto ao conhecimento público! Na hipótese de cada um ter o seu (e nisso eu quero crer) é aí que vem a pergunta, que tanto nos incomoda: Porque não se reúnem todos os grupos num mesmo espaço, a sociedade previamente convidada, discutem democraticamente esses projetos e resume-os em um, com chances reais de ser concretizado?
Para tal reunião – aposto – qualquer auditório em Mamanguape seria pequeno para acomodar tanta gente… até eu iria.
Por Sebastião Gerbase (Basinho)