*Vice-Presidente para Saúde e Farma, Saneamento, Educação e Serviços Públicos da Falconi, Vinicius Brum:
O trânsito no Brasil é considerado um dos piores do mundo. Um dos fatores é o crescimento do número de veículos em vias públicas – atualmente são mais de 100 milhões de carros, o equivalente a quase metade da população estimada em 212,5 milhões de pessoas pelo IBGE em 2024. A frota, além de causar engarrafamentos e transporte público ineficientes, reflete no aumento de acidentes em todo o país. Um prejuízo anual de R$ 50 bilhões aos cofres públicos, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP).
Os mais recentes números do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT), corroboram a eficácia destas soluções para o desenrolar do trânsito nacional. É que, segundo a instituição, entre os anos 2020 e 2024 houve aumento da fiscalização em vias federais, através do uso de tecnologia, resultando no decréscimo de indenizações e, consequentemente, no registro de acidentes.
Contudo, esse ciclo de ocorrências ainda gera um alerta, já que impõe uma carga significativa ao sistema de saúde pública e à gestão das cidades. De acordo com o Ipea, o custo médio de um acidente fatal em rodovias brasileiras pode ultrapassar R$ 800 mil, considerando despesas com socorro, hospitalização, reabilitação. Além disso, as incapacitações permanentes também geram impactos econômicos e sociais duradouros.
Um dos caminhos para superar desafios em mobilidade estão nas inovações que transformam metrópoles em cidades inteligentes. Elas integram sistemas de big data, inteligência artificial e redes de comunicação que não só ajudam a melhorar o fluxo, como garantem segurança aos pedestres, além de transporte público mais rápido.
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