As centrais sindicais se reuniram, na manhã desta segunda-feira (12), em um ato de defesa da Previdência Social. No encontro, houve exposição de sindicalistas chilenos sobre o modelo de capitalização que foi implantado no país, que é visto como modelo pela equipe econômica do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL).
No próximo dia 22, os sindicalistas farão atos de panfletagem em defesa do modelo atual de Previdência em todos os estados. No dia 26, haverá protesto pela Previdência e contra o fim do Ministério do Trabalho nas superintendências estaduais e em frente ao prédio da pasta, em Brasília. O presidente eleito confirmou na semana passada a extinção do Ministério.
No modelo de capitalização, a aposentadoria é resultado da poupança do trabalhador. A proposta ainda não teve detalhes divulgados e deve ser apresentada no próximo ano. No entanto, Bolsonaro pretende aprovar “alguma coisa” ainda este ano. O presidente eleito citou o aumento da idade mínima dos servidores como um ponto.
Segundo João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical, as centrais irmão discutir permanentemente os movimentos feitos pelo novo governo sobre alterações na Previdência Social e perda de direitos.
Juruna diz que as centrais farão plenárias permanentes para discutir as novas propostas. Sobre a reforma proposta por Temer, que visa fixar a idade mínima em 62 anos para as mulheres e 65 anos para os homens, os sindicalistas enxergam que não há possibilidade do texto passar no Congresso ainda este ano.
Segundo Sérgio Nobre, secretário-geral da CUT (Central Única dos Trabalhadores) o modelo de capitalização adotado no Chile é “trágico” e pode ter efeitos semelhantes no Brasil. “Eles tinham um modelo de Previdência muito parecido com o nosso, que trabalhadores mais novos contribuírem com o benefício dos mais velhos. Com a capitalização, o que se tem são idosos vivendo de favor. Nós somo s contra qualquer mudança que tire direitos.”
Além da CUT e da Força, participaram do evento a CSB, CSP-Conlutas, CTB,, Intersindical, NCST, UGT e CGTB. Com informações da Folhapress.