Depois de três meses consecutivos de alta, a moeda norte-americana cedeu em outubro e fechou em queda. O dólar comercial encerrou na sexta-feira (30) vendido a R$ 3,863, com valorização de R$ 0,009 (0,23%). Apesar da alta, a divisa encerrou outubro com queda de 2,6%. Em 2015, a cotação acumula alta de 45,3%.
O câmbio enfrentou um dia de oscilações, comum no último dia útil do mês, porque os investidores tentam influenciar a taxa que o Banco Central usa para corrigir a dívida do governo atrelada à moeda norte-americana. Pela manhã, o dólar chegou a subir fortemente. Na máxima do dia, por volta das 10h50, atingiu R$ 3,883. No início da tarde, a cotação recuou, mas fechou próxima da estabilidade.
Na quinta-feira (29), o Banco Central (BC) terminou de rolar (renovar) o lote de contrato de swapcambial que venceria em novembro. Na sexta, a autoridade monetária anunciou que, a partir de terça-feira (2), fará o mesmo com os contratos que vencem em dezembro.
Os swaps cambiais funcionam como operações de venda de dólares no mercado futuro e ajudam a segurar a cotação,porque transferem parte da demanda pela moeda norte-americana do presente para o futuro. Ao fazer a rolagem, o BC não oferta novos contratos, apenas prorroga o prazo dos papéis em circulação.
A moeda norte-americana caiu pelo segundo dia consecutivo após a reunião do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano), que manteve os juros dos Estados Unidos próximos de zero, no nível mais baixo da história.
O adiamento do aumento das taxas básicas da maior economia do planeta favorece países como o Brasil, porque desestimulam a fuga de capitais de mercados emergentes, que têm juros mais altos.
Da Redação, com informações da Agência Lusa